Educação Financeira Infantil: o que ensinar por idade?
Quando as crianças são muito pequenas, elas ainda não têm muita (ou nenhuma) noção do valor do dinheiro, mas isso não significa que não podemos começar a ensiná-las desde cedo sobre o dinheiro e como cuidar bem dele, ou seja, o básico da educação financeira infantil. Inclusive, Jayne A. Pearl, autora de Kids and Money, diz que “na verdade, é fácil ensinar às crianças sobre dinheiro. […] Transforme suas atividades diárias em experiências de aprendizado”.
Na verdade, é essencial que a gente faça isso, assim, quando crescerem, elas já vão ter pelo menos noção de responsabilidade e educação financeira. Confira agora as dicas que preparamos para te ajudar nessa missão!
Idades 2 e 3 anos
Em um primeiro momento, parece meio sem sentido ensinar sobre dinheiro para crianças entre essas idades, né? O cientista sênior de pesquisa da Universidade de Yale, Dorothy Singer, diz que “uma criança de 2 ou 3 anos que enfrenta uma escolha entre 10 moedas de 25 centavos ou 5 moedas de 1 real, quase sempre escolhe as 10 moedas devido a quantidade”. Mas na verdade, apesar de não entenderem sobre o valor de dinheiro, crianças muito pequenas podem sim começar a aprender sobre ele. Você pode começar jogando um jogo de identificação de moedas, traçando a parte externa de várias moedas e colorir as formas. Em seguida, convide seu filho a combinar a moeda com a imagem enquanto discute os valores de cada.
Você também pode montar uma loja imaginária na sua sala ou em outro cômodo. Além das crianças amarem, é uma maneira muito divertida de o seu filho exercitar a imaginação e dar os primeiros passos na educação financeira infantil. Ao trocar dinheiro fictício por mercadorias, seu filho começa a entender o básico do comércio. Use caixas de cereal, frutas, esponjas ou toalhas de papel como itens da loja. Juntos, finjam comprar e vender produtos até se cansarem.
Idades 4 e 5 anos
Nessas idades já dá para pedir ajuda em funções como cortar cupons de desconto de mercados e lojas. Quando estiver na loja, entregue os cupons ao seu filho (a) e peça-lhe para ficar de olho nos produtos. Isso fará com que a criança sinta que está ajudando e é uma maneira fácil e divertida de conversar sobre como economizar dinheiro.
A maioria das crianças nessas idades prefere brincar de “restaurante imaginário” do que sair para jantar. O que é ótimo, já que essa dinâmica promove e desenvolve uma série de habilidades, como arrumar a mesa, aprender boas maneiras e fazer mudanças. “Muitas crianças de quatro anos precisam ser lembradas, após a refeição de mentira, que precisam pagar a conta, mas, depois de entenderem o conceito, ficam muito empolgadas em pagar com dinheiro de mentira ou receber e dar troco, como se fosse o caixa”, diz Dr. Singer.
Idades 6 a 8 anos
Quando a criança começar a receber um dinheiro, ela vai precisar de um lugar para guarda-lo, certo? Por isso, faça as idas ao banco serem um evento, abra uma conta poupança com seu filho e incentive-o a fazer depósitos regulares. À medida que o saldo aumenta você pode discutir o conceito de juros e como o banco paga as pessoas por economizarem seu dinheiro.
Essa também é uma boa idade para começar a juntar moedas como hobby. Faça um potinho da economia e permita seu filho ter o prazer de ver as moedas se acumularem. Depois de certo valor você pode explicar o conceito de inflação para ele e como o dinheiro parado desvaloriza.
Idades 9 a 12 anos
Aqui já podemos ensinar as crianças a lerem e compararem os rótulos de preços dos produtos, observar o tamanho e o preço e comparar o valor em massa por cento. Não se esqueça de levar a qualidade em consideração. Por exemplo, uma semana compre guardanapos de papel de marca; na próxima semana, tente uma marca genérica. Em seguida, discuta as diferenças e decida em conjunto se o nome da marca vale o custo extra.
Idades a partir de 13 anos
A partir dessa idade, você já pode apresentar para seu filho o mercado de ações. Escolha empresas que a criança esteja familiarizada e finja investir nelas, como a Disney, por exemplo. Transforme isso em uma atividade familiar, pedindo que cada membro escolha uma ação, e depois acompanhe as notícias financeiras juntos e discutam como os valores das ações escolhidas flutuam.
Por fim, planeje um orçamento financeiro para seu filho, explicando sobre desejos e prioridades, gastos fixos e variáveis, entre outros. Assim, ele já começará a desenvolver controle sobre o próprio dinheiro.
E aí, gostou das dicas? Esperamos que você se identifique e aproveite já para introduzir a educação financeira infantil na vida do seu filho.
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